sexta-feira, agosto 15, 2008

O destino ou a arte de fazer escolhas

Ante as adversidades, pára:
a Guerra espreita, o coração só revigora
quando as forças do instante presente
são maiores que as fraquezas de outrora.

O que dificilmente se percebe, repara:
cada coisa tem suas minúcias, seus detalhes
que aos olhos mais fugazes escapa-lhes
como destes foge a estrada mais clara.

Se lhe estapeiam a cara, se lhe ensurdecem o ouvido
com vozes no estômago ou socos de altos gritos
é porque há muito perderam o sentido,
há tempos deixaram de ser mitos.

Não lhe ofereça a outra face, mas, sim, declare:
uma voz só não tem força, um só golpe não mata,
e o Universo é ímpar, mas a vida é feita aos pares
nos laços que geram o que nem o tempo desata.

Se lhe deram pés, caminhe. Mãos, desenhe
o mapa de sua viagem e trilhe-a até o fim.
Viver em si não mata, não viver é que é desdém:
a escolha certa do destino não se faz assim.

Verdade seja dita e mantida:
o aterro do mal e o eterno agir bem
para que haja a Luz, o Amor e a Vida
para toda a eternidade e além.

2 comentários:

Anônimo disse...

Leo, nem sei como cheguei aqui.
Mas tô certo de não sair.

Não vou dar os parabéns, porque eles se esvaem com o tempo.

Presente mesmo, só a presença.

Prazer,
Ricardo B. Motta

Unknown disse...

Isso é serendipidade, Ricardo.