Ante as adversidades, pára:
a Guerra espreita, o coração só revigora
quando as forças do instante presente
são maiores que as fraquezas de outrora.
O que dificilmente se percebe, repara:
cada coisa tem suas minúcias, seus detalhes
que aos olhos mais fugazes escapa-lhes
como destes foge a estrada mais clara.
Se lhe estapeiam a cara, se lhe ensurdecem o ouvido
com vozes no estômago ou socos de altos gritos
é porque há muito perderam o sentido,
há tempos deixaram de ser mitos.
Não lhe ofereça a outra face, mas, sim, declare:
uma voz só não tem força, um só golpe não mata,
e o Universo é ímpar, mas a vida é feita aos pares
nos laços que geram o que nem o tempo desata.
Se lhe deram pés, caminhe. Mãos, desenhe
o mapa de sua viagem e trilhe-a até o fim.
Viver em si não mata, não viver é que é desdém:
a escolha certa do destino não se faz assim.
Verdade seja dita e mantida:
o aterro do mal e o eterno agir bem
para que haja a Luz, o Amor e a Vida
para toda a eternidade e além.
2 comentários:
Leo, nem sei como cheguei aqui.
Mas tô certo de não sair.
Não vou dar os parabéns, porque eles se esvaem com o tempo.
Presente mesmo, só a presença.
Prazer,
Ricardo B. Motta
Isso é serendipidade, Ricardo.
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