quarta-feira, julho 24, 2013

O Fogo Simbólico

O Fogo Simbólico
queima o castelo de cartas
chove faísca e demole
implode, explode,
Bum!

O cinzel, quando luta,
Não resta lasca sobre a pedra bruta.

Os que temem
o Fogo Simbólico
criam brigadas de incêndio simbólicas
e acabam com qualquer chance de queimar
o que há de ruim, de imperfeito.
Falta um pouco de reinventar-se
e um muito de catarse
para no fim tornar-se
algo que ele nem sabe o que é.
Sempre querendo mais do mesmo
sempre mais matéria, e mais, yeah,
e pouca ou nenhuma
fé.

Já os que sabem
e saboreiam a Verdade
acendem os Pavios Simbólicos,
atiram em si o combustível,
e não têm medo de se reinventar.
Das próprias cinzas, das próprias misérias,
queimam os vícios em virtudes,
tornam deserto em açude,
jogam ideias ao ar.
Fazem novas poesias, sem rima ou métrica,
sem estética, até parece que estão se queimando,
mas no fim sempre acabam brilhando
muitos degraus
acima.