Temos poucas horas e não vamos maldizê-las:
são finitas, feitas de desenhos magistrais
do Artífice da vida e do vibrar das estrelas
cujos traços não entendemos mais.
É com a visão certa, com o olhar apurado
após fazer dentro de si uma viagem
poderemos caminhar por qualquer lado
sem que sobre temor ou falte coragem.
Mas se houver rancor, sentimento inconteste
tragédia que traduz toda alegria em tristeza
As horas temem qual o chão do solo agreste
teme o sol que dele extrai a riqueza.
Se estamos secos, que haja sempre um rio
para fazer-nos lembrar que as suas águas
correm sempre com o tempo sendo o fio
condutor de satisfações ou de mágoas.
Somos todos imortais em essência
mas as horas, essas passam à nossa frente
quanto mais incerta e intransigente
for a nossa inconstante consciência.
Então façamos de nossas horas o que o artista
faz com as arestas dos brutos diamantes
Não há no mundo nada que resista
a um espírito moldado à beleza dos instantes.
Um comentário:
Bom diaaa! falei com vc ontem, lembra? rs (hi-fi)... gostei do post.
bj
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