Há muitos esquemas no Universo. O esquema de nossa galáxia, uma espiral com um buraco negro no centro é similar ao esquema da água que vai pelo ralo. Forma-se uma pressão pela atração do que é fluido que toma a forma de um redemoinho. Da mesma forma vamos girando em torno de uma estrela na chamada "zona habitável".
Nessas zonas habitáveis podem ocorrer o que chamaríamos de "chama primordial". Um grande caldo oceânico de água salgada associado a metano e a outras substâncias presentes na terra como os nitratos e outros sais. Juntemos a essa receita um raio ou duas mil tempestades. Os íons disponíveis poderiam possibilitar ligações que formassem aminoácidos e aí a vida teria dado o seu primeiro passo.
No entanto é de se esperar a surpresa e dessa vez ela veio na forma de amor. As primeiras formas de vida precisavam encontrar outras formas para reproduzir e perpetuar aquela ignição química. Essa grande ignição foi sustentada também pela energia da estrela em zona habitável associada ao meio aquoso do grande caldo oceânico que nos permite existir.
O sangue que vai em nossas veias é similar às águas dos oceanos. Não por acaso os remédios administrados por via intravascular são misturados ao soro fisiológico, que nada mais é do que água com sal.
Somos feitos desse caldo de água salgada e dessa terra que está por baixo. Somos frutos de estrelas e cometas que aqui se chocaram trazendo essa quantidade incrível de materiais. Tudo arquitetado para existir a vida que possa apreciar essa obra divina.
Mas como essas moléculas se reuniriam? De forma parecida à galáxia: em espiral. É um esquema comum a nossa galáxia, que está nesse formato. E a proporção de suas voltas é também similar: 1,618 ou Phi. Essa proporção pode ser encontrada em nosso corpo: o comprimento do antebraço em relação ao comprimento da mão.
Esses grandes mistérios eram estudados pelo gênio Leonardo da Vinci. Descobriu-a em diferentes partes da natureza como caracóis, seres humanos e construções gregas. Percebeu uma semelhança em tudo e uma cultura muito antiga aproveitando-se desse conhecimento. Suas obras sempre utilizavam proporções áureas.
Outros esquemas podem ser falados. Jung citava Astrologia e Tarô. Conseguiu com isso definir o que seriam os arquétipos. Há doze signos astrológicos. Jesus, não por acaso, escolheu doze apóstolos. Os signos são manifestações solares, isso é, o Sol tem que passar por uma das doze constelações todo mês em sua viagem anual no plano do céu. Isso significa tempo-espaço, isso é, a Terra voltará a estar naquela posição daqui há um ano. É uma forma de medir o tempo que, a partir do empirismo e da observação humana de milênios, ajudou-nos a decifrar-nos as intenções.
Mas o Tarô, em verdade, não tem arquétipos reais, isso é, grandes emanações que devem ser conduzidas a partir de caminhos. Esses caminhos é que são as 22 cartas do Tarô. As emanações são 10 e onde estamos é o Reino (Malkut), de onde devemos partir certos de nosso destino verdadeiro.
Para aspirarmos ao verdadeiro Conhecimento (D'aat) devemos abster-nos de uma série de coisas e enaltecer uma série de virtudes que já temos. Com isso melhoraremos a nossa vida e seremos capazes de construir o que quisermos para o nosso destino.
Alguns dirão que isso é óbvio. Mas o que é Conhecimento? Os gregos chamavam conhecimento de Gnosis, e era, ao mesmo tempo, a sabedoria e o entendimento associados ao domínio da vida. Sabedoria era a divina intuição que permite decisões corretas e justas. Entendimento, ou Inteligência, é a divina compreensão, ou verbo. É a nossa capacidade de articular idéias a partir de conceitos, palavras, imagens, esquemas lógicos e racionais.
Portanto se quisermos uma imagem feita com um único traço para o nosso universo, podemos desenhar uma espiral.
Trata-se de forma similar à nossa galáxia, ao giro duplo de nossa célula de DNA, a água quando se esvai por um grande buraco e as ondas do mar que empurravam os seres marinhos para a vida na Terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário