O silêncio à noite é como um grande diamante
precioso, raro e ainda assim resistente
às tentativas do tempo em destruir-lhe o instante
em que nada passou, em que nada está presente.
É o som das estrelas que deve ser admirado
como uma música saborosa aos ouvidos
a fazer-nos despertos e a despertar-nos sentidos
que outrora eram como olhos bem cerrados.
Após ouvi-lo, devemos sentir o som
e apreciar-lhe bem a cor e a textura
com a mão que toca o silêncio e o segura
levando-o para o Artífice de seu dom.
Então podemos dar o passo verdadeiro
daquela dança de ternura e de alegria
sabendo que vivemos cada dia
como o último e também como o primeiro.
As luzes do universo: não podemos tê-las
mas podemos vislumbrá-las em céu aberto.
E ouvir-lhes o ritmo derradeiro e incerto
enquanto seguimos dançando ao som de estrelas.
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