domingo, agosto 22, 2010

Estratégia

O delinear das ideias é chave para o atingimento das metas. Estultícia de quem ignora o fato de que o planejamento nada mais é do que um pensamento modelado, plástico, que ao irromper das forças elementares, torna-se algo palpável, concebível, mensurável. A palavra estratégia tem origem militar, Strategos era o posto mais alto do exército grego. No mundo ocidental, portanto, sempre que se traça uma estratégia, já fica associado no inconsciente a algo quase que militarizado, como uma grande operação, com hierarquias e funções de acordo com o tecido social bem definidas.

A costura de uma boa estratégia não está apenas nas mãos dos homens do campo que a executam, como também na do mandante de tudo, que a tudo dirige. E, de fato, muitos fogem da estratégia definida pela direção, ainda que pareça executar o que lhe mandou o alto comando. Portanto, para ser bem executada, a estratégia deve ser conhecida por todas as pontas de comandos, o que, por sua vez, para ser possível, exige toda uma rede de comunicação e uma linguagem clara.

O objetivo da estratégia é a conquista. A glória e a vitória são fundamentais, e não há beleza sem elas. A estratégia nem sempre é misericordiosa, mas para vencer precisa ter força, sabedoria e inteligência. A força é para usar quando for preciso. A sabedoria, é para saber quando não usar a força. E a inteligência é para usar a força no momento e local devido.

O homem, dotado do equilíbrio de tais emanações, pode ser o general de seu exército, o líder de sua corporação ou o mestre de seu destino. Conhecedor da Arte de construir destinos, o estrategista desdenha do impossível e admite que sempre há uma possibilidade. O grande estrategista vence batalhas sem que se derrame uma única gota de sangue, enquanto o estrategista perfeito entende que o sangue e o suor que deixou no caminho é que deixarão novamente fértil o campo de batalha.

Há quem siga as estratégias alheias e há quem persista em estratégias erradas mesmo sabendo. Ambos os caminhos estão vazios de liberdade. O homem livre delineia suas estratégias com desenhos claros e símbolos precisos, que o auxiliarão no atingir de suas metas. Enquanto o homem escravo de sua própria inconsciência vai se ver absolvido apenas após a própria morte, de tanta falta de fé e de esperança que vive um coração sem amor. Por isso o verdadeiro estrategista ama não apenas a si mesmo e ao próximo, como também ao inimigo, pois sabe que depende dele para que as batalhas façam sentido e para que possam ver a Luz, singular, no meio de tantas trevas.

Conclui-se que a melhor estratégia é sempre a da Verdade. O buscador que tanto a persegue reconhece que tal objetivo, ainda que seja um fardo, é o que mais longe vai nos levar na viagem para dentro de nós mesmos. A melhor estratégia é a de conhecer a si mesmo para fazer despertar todos os dons e potências virtuosas que estão encerradas e bloqueadas por nós. O livre árbitro dos destinos diz: "Eu Sou" e, com isso, transcende o presente, o passado, o futuro para poder conquistar os corações alheios e direcionar corações e mentes rumo à busca da Verdade, em meio a um mundo que vive da mentira e da decepção. Eis a grande estratégia, a estratégia da retidão moral, que nos leva a um nível superior de consciência e a uma vida plana, reta e verdadeira, para a alegria dos Céus e da Terra.

3 comentários:

Felipe D. Martins disse...

Muito bom! Parabéns pelo post e pelo blog...

raph disse...

Esta é uma boa estratégia. Mas infelizmente há muitos que não tem sequer uma estratégia para direcionar sua vida, quanto mais uma estratégia de busca da Verdade, ou do Amor.

Anônimo disse...

Il semble que vous soyez un expert dans ce domaine, vos remarques sont tres interessantes, merci.

- Daniel