sexta-feira, julho 07, 2006

A gravidade das idéias

Às vezes me perguntam de onde tiro as minhas idéias. E eu não tenho a menor idéia.

Poemas muitas vezes saltam inteiros da minha cabeça. Como imagens. Às vezes palavras soltas, ao léu, que vão se juntando. Eu tento capturar algumas e transformá-las em alguma coisas minimamente aproveitável.

Fato é que, às vezes, passo por "brancos criativos". Normalmente acontece quando eu paro de criar e tento fazer outras coisas. Nessas fases, perco a criatividade por não utilizá-la. O exercício de insights é primordial para que os brancos não se prolonguem.

As idéias bem encadeadas tem como característica física a gravidade. Boas idéias atraem boas idéias e tê-las numa sequência razoável favorece a carreira, a vida, o amor e a arte.

O que seria do mundo sem o gênio criativo de um Da Vinci, de um Déscartes, de um Mozart, se eles não se dedicassem por horas à geometria, à pintura e ao simbolismo, além de suas atividades principais de arquiteto, filósofo e músico.

A criatividade advém de uma série de fatores. A multidisciplinaridade é um deles. Outro poderia ser a capacidade de criar referências na memória. É um exercício simples que qualquer um pode fazer. Basta associar uma idéia a outra que ela fica guardada para sempre. Mais tarde poderá servir para se criar algo de novo. Nunca se sabe. Idéia demais nunca é de menos.

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