sexta-feira, setembro 12, 2014

Educação e Política

Não há como fazer reflexão sobre a vida, as coisas e as ideias sem pensar em política.

Política pode se definir como as relações de poder entre os homens.

Também podemos pensar em política como a força que move pessoas a conduzir pessoas.

Por fim, concluímos que, em se tratando de política, sempre haverá autoridades e cidadãos.

Portanto se há política, há um processo de castas se formando.

Ao transformar homens comuns em legisladores, estamos estimulando essas pessoas a legislarem para si.

Não apenas a legislarem para si, como também a acreditar que isso é bom.

Na medida em que o fazem, adquirem o capital que parece lhe permitir a manutenção do poder por meio da propaganda.

Se a política é um negócio, a propaganda é a sua alma.

A propaganda nada mais é do que uma tentativa emocional de manipular a razão em nome de uma causa. Seja a causa um produto, um político, uma ideia ou um ícone.

A informação racional só está disponível a quem possa compreendê-la.

Não são muitos os que conseguem analisar números corretamente. Não são intensos os que conseguem, efetivamente, analisar e provocar discussões a partir desses números. E os que são intensos, colocam argumentos baseados em ideias fracassadas, sem embasamento histórico e sem nenhum número que possa confirmar alguma coisa.

Não se pode governar um pouco desconhecendo os seus números. Não se pode liderar apenas com conjecturas.

No entanto é assim que seguimos adiante.

A solução é mais inteligência, e não menos. Como pode haver mais inteligência se a educação formal não é realmente voltada para a geração de valor?

Como podemos ter um projeto de nação se as nossas universidades não criam empreendedores, e sim profissionais especializados em estudar para concursos estatais?

Por isso o cidadão precisa entender o seu papel de ator político.

O drama está posto à nossa frente.

Aqui falta educação de verdade. E não é o Estado, com mais dinheiro, que vai resolver. Quem vai resolver isso é você.

Sim, porque se você leu esse texto até aqui, você tem curiosidade intelectual suficiente para seguir adiante.

A verdade é que hoje existem muitas opções para se aprender as coisas. Livros, vídeos, aulas gratuitas na internet.

Faltam programadores no mercado. Precisamos de mais.

Faltam pessoas que entendam de estatística. O mundo precisa de mais análise de dados, menos ignorância nas ideias.

Também faltam pessoas a fim de empreender. O Brasil não pode só viver pensando em empregos no Estado, ou em bolsas de auxílio de renda mínima ou básica.

O Brasil precisa de gente que goste de criar valor do ar, do pensamento. Não podemos simplesmente aceitar o nosso destino como nação pensando que as nossas mazelas se devem apenas por causa dos políticos.

Os políticos podem nos atrapalhar, sem dúvida, mas nós não podemos aceitar isso. Temos que seguir adiante, construindo o Brasil que vai de fato ser inovador e criador de valor para o mundo.

Ou você acha que o Brasil só precisa ter carne friboi, soja, aço e Petróleo?

O Brasil não é uma grande mina. O Brasil não é um grande terreno fértil. Ele é isso também, mas é mais. E pode ser mais.

O Brasil, se tivesse de fato a ordem devida e o progresso idealizado, já estaria de fato com um PIB per Capita bem maior do que tem hoje.

E teria, sim, criado mais cidades, tido um processo de urbanização mais intenso e justo com uma economia mais rica e mais geradora de oportunidades.

Falta ao Brasil essa consciência coletiva de que nós somos o mercado e o capital. Não adianta ficar apenas acusando o "capital" de ser isso ou aquilo. Na verdade, ao fazer isso, estamos tirando de nós mesmos a responsabilidade de gerar valor. Capital não é algo externo a nós.

Nós somos o capital. Nós temos o nosso capital. E podemos multiplicá-lo.

Esse é o milagre que Cristo nos ensinou.

Só nos resta compreendê-lo de verdade.

Precisamos distribuir mais riquezas em vez de espalhar só misérias.

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