sexta-feira, maio 18, 2007

A sinfonia dos órgãos

O amor atrai, antes, quando e agora
e toda hora quero estar atento
ao que me vai aqui dentro do peito
a bater-se tanto sem demora.
Pois a alma essa vai na mente
que tudo concentra e aquiesce
e que sempre pensa e que nunca esquece
nas coisas todas que ocorrem no tempo.
Já temos fígado lá por reserva
que preserva, serve, e bem conserva
o corpo são e livre dos venenos
no mal que usamos quando a nós fazemos.
E há os rins, órgãos passionais,
separam a água pura dos seus sais,
tornam-nos puros para o que fascina
e acelera o corpo a adrenalina.
Mas as paixões, essas pertencem ao estômago
onde há o espaço às borboletas
que nos faz viver um sonho estúpido:
o de amar no outro os próprios gametas.
O que há no peito, veja que mistério:
o coração que se comprime e expande
conforme tristes, felizes ou sérios
por qualquer lado, enquanto se ande.

Um comentário:

líria porto disse...

vim ao teu blog - gostei do ritmo dos versos e da tua escrita!