terça-feira, setembro 12, 2006

A gravidade do problema

O mundo está em guerra. Além das vontades, o que mais explicaria esse movimento em direção ao homicídio contínuo? Aparentemente há uma doença no tecido social que, vez por outra, coloca os homens contra eles mesmos, gerando a desarmonia e um enorme consumo de recursos.

A indústria da guerra é conhecida. Seus produtos, de alta qualidade, servem à morte de uns e à vida de outros. Não é fácil compreender essa dinâmica sem entender o mundo e as regras de atração. As regras de atração não são facilmente explicáveis apenas por oferta e demanda. Mais do que isso, há as vontades e doutrinas que determinam ações a serem tomadas.

Analisando os conflitos atuais, vemos alguns fatores curiosos. Um deles é que a maior região em disputa hoje no mundo, o Oriente Médio, é um lugar árido, deserto. Ainda assim foi o berço da civilização. Num momento em que a água era considerada o sangue que permitia a vida das comunidades, as civilizações às margens dos rios passou a desenvolver regras e linguagem, necessárias para a convivência.

Viver com o outro, no entanto, não é nada fácil. Havia os nômades e todas as formas de tribo que, já naquela época, disputavam territórios para poderem sobreviver. Isto é: eram atraídas para um mesmo lugar, o que gerava a disputa por um recurso.

Da mesma forma, a região da costa leste do mediterrâneo não poderia ser diferente. Ali sempre houve a disputa pela água, desde os antigos tempos. Hoje, além da disputa pela água há a atração da atenção para as disputas ideológicas. O Deus, sabemos, é o mesmo. A diferença entre os povos é tão-somente causada pela doença do desconhecimento de nós mesmos e do mundo que ocupamos.

Isso porque não há distinção entre a cor do sangue de um ou de outro. A diferença reside somente no pensamento, algo absolutamente intangível e inexistente no equilíbrio da fauna e da flora da natureza. Seremos nós antinaturais?

Talvez. Mas a lei de ação e reação não existe apenas como regra do movimento, daí a contínua alternância dos conflitos e das catástrofes climáticas associadas à nossa ação no espaço que possuímos.

A solução residirá na contínua educação dos povos no sentido de ensinar a todos que só há um único planeta para residirmos em nossas cercanias. Não é possível destruí-lo por puro egoísmo de um homem ou de outro, sob pena de todos nós cessarmos de existir.

Há de haver nos corações e mentes o brilho da compreensão do mundo e de nós mesmos. Caso contrário, maior será a gravidade do problema.

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