terça-feira, julho 18, 2006

A gravidade das massas de capital

Sabe-se que a massa atrai massa no vácuo, daí a suspensão eterna dos planetas ao redor de uma estrela e a confluência das galáxias em espiral convergindo para um buraco negro.

O fato é que a tendência da atração das massas pode ser também sentida no que se refere às atenções humanas e à renda.

Não por acaso a humanidade, desde a criação de seus centros financeiros por volta do século XIII com os bancos dos templários, tem optado por acumular renda ao redor de quem já a possui.

No passado a Igreja Católica era dona de grande parte das terras do mundo. Isso fez com que ela se tornasse poderosa não apenas ideologicamente, como também financeiramente. Tal poderio a permitiu montar uma estrutura que a mantivesse ao longo de tantos séculos com os seus fiéis seguidores.

No mundo moderno a gravidade da renda pode ser sentida ao se analisar as grandes riquezas do mundo. É improvável que os homens mais ricos percam suas massas de capital. A estrutura financeira permite que quem já possui uma alta renda possa continuar aumentando o seu volume a partir de instrumentos financeiros.

A acumulação da renda em torno de um grupo ou de indivíduos torna possível a criação de novos negócios que irão, consequentemente, atrair mais renda e mais pessoas ao redor de seus produtos.

Ao longo do tempo quem detém a renda terá cada vez mais poder. Assim como a massa de capital existente permite a aceleração a partir dos juros e dos ganhos de capital, sabe-se que força gravitacional pode ser interpretada pela fórmula massa vezes aceleração.

Daí podermos dizer que a Força do Capital é igual ao montante do capital gravitacional vezes a aceleração da renda expressa como uma fração mais 1.

Assim definimos que FC = Cg x (1 + ar) x Tg.

A unidade final encontrada é monetária vezes o tempo. Dinheiro-tempo não deixa de ser uma licença poética à máxima que diz que "Tempo é dinheiro". Na verdade essa frase é incompleta no que tange à gravidade da renda: o dinheiro é acelerado no tempo, um princípio aplicado à economia da relatividade a partir de Einstein: o tempo é a quarta dimensão enquanto o dinheiro é uma forma abstrata de definir valor de algo sólido, que tem lá as suas três dimensões sob o formato de um produto específico ou no formato de um ou mais homens quando se refere a um serviço.

Na verdade a teoria da gravidade do capital que me proponho a escrever sobre dá conta de que a renda só poderia ser dispersa de forma mais igualitária pelo mundo a partir de ações anti-gravitacionais da renda. No entanto a anti-gravidade não parece ser a regra entre os seres vivos que, oportunamente, dependem da gravidade para sobreviver.

A atração dos corpos em direção ao centro do planeta, bem como a adaptabilidade às condições de pressão e temperatura é que permite aos seres o equilíbrio da vida. No entanto, ao que parece, a gravidade exerce influência não apenas na nossa atração que nos permite viver na superfície do planeta, como também na forma que escolhemos de permitir a atração da renda nos pontos onde ela se concentra.

Temos aí talvez a explicação dos moldes do tipo de gravidade. Em nossa galáxia, um buraco negro a converge para uma espiral que vai sendo reduzida proporcionalmente ao número áureo. Da mesma forma, a água desce pelo ralo sempre em espiral. As plantas crescem formando essa mesma espiral. Tal forma descende diretamente da gravidade expressa (e inscrita) em nossa galáxia. E somos resultados desse mesmo equilíbrio gravitacional que a nossa galáxia nos permite. Daí a proporção áurea estar em toda parte, inclusive nos padrões de acumulação de renda ao longo do tempo.

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